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Resultados positivos no comércio
Resultados positivos nos setores de bens de primeira necessidade
Nesse período de incertezas econômicas, mesmo com a inflação em alta, crédito escasso, alta taxa de juros e o grande número de desemprego, há segmentos que apresentaram resultados positivos no volume de vendas: os setores que comercializam bens de primeira necessidade. Uma análise realizada pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG sobre a Pesquisa Mensal de Comércio referente ao mês de junho identificou os setores que geraram resultados positivos no acumulado dos últimos 12 meses, com base nos dados divulgados pelo IBGE neste mês.
De acordo com o estudo, os setores que tiveram resultados positivos foram: Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria. Esses produtos por fazerem parte de artigos de primeira necessidade, conseguiram resultado favorável em relação à outros segmentos. No período de 12 meses, a variação de vendas é positiva em 5,2% (Jan/Jun 2015) e 6,6% (Jun/2014 a Jun/2015).
Em segundo lugar estão os artigos de uso pessoal e doméstico. Nesse setor, englobam vários segmentos, tais como, Lojas de Departamentos, Ótica, Joalheria, Artigos Esportivos e Brinquedos. No acumulado de 12 meses, esse segmento acumulou elevações de 3,9% (Jan/Jun 2015) e 5,3% (Jun/2014 a Jun/2015).
Os Hipermercados e Supermercados ficaram em terceiro lugar e mesmo apresentando resultados negativos em nível nacional, em Minas Gerais apresentou bons resultados, tendo acumulado no período de 12 meses um aumento de 0,3% (Jan/Jun 2015) e 1,1% (Jun/2014 a Jun/2015).
De acordo com uma análise feita pelo economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, as atividades econômicas que comercializam bens duráveis, que dependem mais de condições de financiamento, renda e prazo, foram os mais impactados pelo cenário econômico atual. “Em linhas gerais, os produtos comercializados nesse segmento dependem mais de condições de financiamento. Em um cenário onde o poder de compra da população é reduzido pela crescente inflação e as condições de crédito são restritas, dado o aumento dos juros, o consumo de bens duráveis sofreu uma queda”, avalia.
Segundo o levantamento os setores que apresentaram resultados negativos em nível nacional e estadual foram: Móveis e Eletrodomésticos; Material de Construção; Veículos e Motocicletas; Tecidos, Vestuário e Calçados; Livros, Jornais, Revistas e Papelarias.
Para o presidente do Sindicomércio Governador Valadares, Hercílio Araújo Diniz Filho, apesar do cenário favorável para alguns setores e desfavorável para outros, é importante que o empresário não perca o foco e continue investindo em estratégias de vendas, de marketing e financeiras. “Esse é o momento de deixar o amadorismo de lado e investir na profissionalização das empresas”, ressalta.
Publicado em: 18/08/2015
