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Natal preocupa empresários de Valadares




Considerada a melhor data para o comércio varejista, o Natal é a esperança de um aquecimento nas vendas para muitos empresários. No entanto, este ano, em virtude da crise econômica, os consumidores estão cada vez mais cautelosos a cometer gastos e essa atitude tem provocado na classe empresarial uma postura mais realista frente à data.
 
Em Governador Valadares, uma sondagem realizada pelo Sindicomércio, em parceria com a área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, ouviu 167 empresários da área Central da cidade e atestou que 39,4% esperam vendas piores em 2015, se comparado à 2014; 31,3% acreditam que as vendas serão iguais e 29,4% dos entrevistados acreditam obter vendas melhores este ano. 
 
Para as empresas que afirmaram que as vendas para o Natal este ano serão melhores que no ano passado, o aumento será, em média, de 28%. Para as empresas que acreditam que as vendas serão piores que no ano passado, a redução será, em média, de 30%.
 
Mesmo em um cenário macroeconômico não favorável, a Sondagem apurou as ações estratégicas que os empresários devem adotar para se surpreenderem com as vendas e os Descontos em Compra em Dinheiro (15,4%) apareceu no ranking; seguido da Visibilidade da loja/ Vitrine (14,5%); Diversificação do Mix de Produtos (12,9%); Kits com Preços Especiais (12,9%); Treinamento e Capacitação da Equipe (10,7%); Prazos dilatados no Cartão (9,8%); Uso de Propagandas/ Mala Direta (8,6%); Brindes/ Kits para a Data (7%); Contratação de Temporários (5,5%); Decoração Conjunta/ Lojas Vizinhas (2,7%).
 
Em contrapartida, o estudo apurou que alguns fatores poderão inibir as vendas: Instabilidade econômica do País (37,8%); Endividamento do consumidor (28,3%); Impostos do início de 2016 (16%), Importados piratas (6,3%); Concorrência desleal (6%); Decoração fraca (4,7%) e Desemprego (0,8%).
 
De acordo com o presidente do Sindicomércio Governador Valadares, Hercílio Araújo Diniz Filho, como a pesquisa foi realizada em um período em que a crise hídrica não estava tão acentuada, atualmente, os empresários se deparam com mais este fator inibidor de vendas. “O problema vivenciado com a água tem atingido consideravelmente o comércio. Muitas empresas já estavam caminhando com dificuldade, então, a crise hídrica só maximizou o problema. É necessário, mais do que nunca, focar em estratégias que deem resultados imediatos, de modo a reduzir os impactos e aquecer as vendas neste Natal”. 
 
Neste sentido, é importante que os empresários fiquem atentos aos sinais dos consumidores. A sondagem apontou o que deve ser prioridade para eles este ano: o Preço ganhou destaque como primeira opção para (28,2%) dos entrevistados. Na sequência, o Atendimento diferenciado foi citado por 20,4% dos respondentes, seguido do Prazo para pagamento (17,7%); Facilidade de crédito (15,2%); Qualidade dos produtos (8,8%); Produtos com Inovação/ Moda (5,3%); Conveniência/ Conforto (4,3%). Com relação ao ticket médio de compra, para 62,6% dos empresários, a maioria dos consumidores deve gastar em média de R$50,00 a R$100,00 nos presentes este ano.
 
Contratação de Temporários
 
Em relação à perspectiva de contratação de temporários, 68,3% dos empresários não pretendem contratar e os principais motivos são: Sem motivos para contratações de costume (65,9%); Ausência de recursos (11,0%); Prefere não contratar por tempo determinado (11,0%) e a desconfiança na economia do País (12,1%). Dos 31,7% dos entrevistados que pretendem fazer contratações temporárias para as festas de fim de ano, a maioria (58,8%) pretende contratar a mesma quantidade do ano anterior.
 
Na hora da contratação, os empresários de Valadares disseram deparar com algumas dificuldades, são elas: Falta de experiência (26,7%); Falta de capacitação (25,2%); Falta de profissionalismo (25,2%) e Dificuldade em reter Funcionário (23%).
 
No que se refere à perspectiva de efetivação, para 84% dos respondentes a possibilidade de efetivar um temporário é baixa; para 14% dos empresários as chances são altas e para 2,0% dos entrevistados a possibilidade de efetivação é inexistente.
 
13° salário injetará cerca de R$204 milhões em Governador Valadares
 
De acordo com uma estimativa do Departamento de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, até o final do ano devem ser injetados na economia de Governador Valadares, cerca de R$ 204 milhões, em consequência do pagamento do 13° salário. O montante previsto é 16,2% superior ao observado na estimativa de 2014, quando o esperado para o 13º era de R$ 175,6 milhões.
 
Em todo o Estado de Minas, o 13° salário deve injetar cerca de 16,2 bilhões na economia, sendo beneficiados aproximadamente 9,3 milhões de trabalhadores mineiros do mercado formal e beneficiários da Previdência Social, representa aproximadamente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. 
 
Segundo a sondagem encomendada pelo Sindicomércio, a injeção do 13° salário na economia da cidade reflete positivamente nas empresas do comércio. Para 81% dos empresários entrevistados, o 13º afeta e impulsiona as vendas. Porém, segundo eles, as principais pretensões de gastos deste ano são: Pagamentos de dívidas (71,3%); Consumo (24,6%) e Poupança/ Aplicações (4,2%).
 
Raio X da pesquisa
 
Período das entrevistas: 28 de outubro a 12 de novembro
 
Número de empresas: 167
 
Segmentos: Produtos Alimentícios; Tecidos, Vestuário e Calçados; Móveis e Eletrodomésticos; Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, Perfumaria e Cosméticos; Equipamentos e Materiais para Escritório e Informática de Comunicação; Livros, Jornais, Revista e Papelaria; Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico.

 

Clique aqui e confira a pesquisa na íntegra.  



Publicado em: 01/12/2015


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