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A crise e suas repercussões nas ciências gerenciais




O Brasil experimentou, há pouco tempo, um crescimento fora do comum, ocasião que foi considerada por muitos economistas a época do pleno emprego. Foram “anos dourados” para a economia brasileira: notícias boas do país eram publicadas nos cinco continentes e, diferentemente da maioria dos países europeus, nossa nação caminhava muito bem. Fim da miséria, ascensão de milhões a uma suposta nova classe média, solidez econômica e altas taxas de crescimento eram afirmações comuns que procuravam demonstrar o acerto e a correção do modelo econômico em curso e da política econômica vigente.

 

Os empresários, por sua vez, tinham dificuldades para atrair e manter bons profissionais; o cenário era de escassez de trabalhadores qualificados; contadores, administradores e gestores em geral eram disputados a “preço de ouro” e engenheiros eram valorizados como nunca se viu. As demandas por universidades cresciam cada vez mais e, com isso, escolas de ensino superior eram abertas por todos os cantos do Brasil. Novos cursos surgiam com o propósito de atender demandas do mercado de trabalho, em especial o de gestores e especialistas das áreas contábil, de recursos humanos, marketing, economia e outros profissionais das ciências gerenciais.

 

No entanto, os tempos mudaram, e o país vem atravessando uma crise econômica e política que tem como característica principal a perda de credibilidade. Uma das consequências desse fato tem sido o rebaixamento do grau de investimento do Brasil em agências de classificação de risco. Os níveis de emprego caem a cada dia e as empresas buscam profissionais que tenham um alto grau de adaptabilidade às mudanças mercadológicas. A crise política e econômica vem trazendo repercussões para diversas profissões. As áreas das ciências gerenciais são as mais cobradas e os empresários vêm exigindo um vasto leque de competências, como visão de futuro, empreendedorismo, determinação, disciplina, simplicidade e ética. A esses profissionais cabe desafiar as próprias crenças. O maior grau de adaptabilidade está na simplicidade de fazer as coisas acontecerem, de inovar e de colocar a “mão na massa”.

 

A tecnologia será o grande alicerce para a inovação, mas o principal combustível serão as pessoas. Cabe aos líderes influenciar seu time na busca por fazer sempre melhor e com menos recursos, desenvolvendo uma cultura de envolvimento com os colaboradores.

 

A crise passa, mas a transformação permanece. Assim, todos saem ganhando: as empresas, os clientes e principalmente os profissionais, que depois de atravessarem esse momento de turbulências saem mais seguros e competentes para atuar em qualquer cenário. O contexto histórico das crises nos últimos mil anos nos faz acreditar que em breve teremos um cenário de crescimento econômico. Mas lembre-se de que, atrás de toda onda de prosperidade sempre surgem novas crises. Com elas pode haver fusões, aquisições e incorporações de empresas e negócios e, então, o cenário muda novamente. O que não pode mudar é a disposição do profissional em querer fazer sempre o seu melhor. Pense nisso.

 

Texto:  Gerente de Gente e Gestão da Fecomércio MG, Silvano Aragão



Publicado em: 03/08/2016


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